O Banco Central do Brasil anunciou na segunda-feira que a nova moeda digital do banco central (CBDC) do Brasil se chamará DREX, também conhecida como real digital. O anúncio foi feito durante uma transmissão ao vivo no canal do YouTube do Banco Central do Brasil.

O nome foi revelado durante uma transmissão ao vivo no canal do YouTube do Banco, conduzida por Fábio Araújo, coordenador do real digital. O Banco Central também revelou a nova identidade visual da moeda.

De acordo com o CEO a “DREX combina diversos elementos de inovação: o D de digital, R de real, E de eletrônico e X de transação, avançando ainda mais nessa família Pix que criamos e que foi um sucesso”.

Pix é uma plataforma brasileira que oferece transferências eletrônicas instantâneas e gratuitas usando códigos QR e IDs fáceis de lembrar, como números de telefone e endereços de e-mail, em vez de números de conta.

Entidades autorizadas para emitir o CBDC serão essenciais para o projeto do real digital, com registro utilizando tecnologia de registro distribuído (similar ao blockchain). Posteriormente, a DREX irá facilitar transações rápidas como a negociação de títulos do tesouro, com apoio da infraestrutura Web3 para criação, queima e registro de tokens.

Isso permitirá que os cidadãos utilizem o real tokenizado, representando o real digital, gerenciado exclusivamente por instituições financeiras autorizadas.

O coordenador do projeto explicou que a DREX terá um impacto prático na vida dos brasileiros, especialmente ao ampliar os serviços financeiros oferecidos à população.

“Com o real digital, as pessoas podem obter empréstimos com mais facilidade, ter opções de investimento mais acessíveis e seguro mais fácil”, explicou Araújo. “Queremos colocar esses produtos financeiros ao alcance das pessoas e aumentar a inclusão bancária no Brasil.”

Aplicações Práticas da DREX

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Uso do Real Digital para Benefícios Sociais e Descentralização

O Banco Central do Brasil está testando três casos de uso no piloto do real digital, com previsão de conclusão para março do próximo ano. Em princípio, Maria Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica Federal, mencionou a possibilidade de utilizar o real digital para pagar benefícios governamentais, como o Bolsa Família, no futuro.

De acordo com a presidente “É concebível pagar benefícios sociais e trabalhistas com moeda tokenizada no futuro”. Assim sendo, ela acrescentou que o banco pretende usar o real digital para impulsionar a digitalização financeira e a inclusão social.

“Com presença em 99% dos municípios brasileiros e 155 milhões de clientes, a Caixa é um excelente ambiente para testar soluções”, complementou a presidente.

Maria Rita Serrano

Bem como o senador Carlos Portinho afirmou, o real digital também poderia capacitar municípios e outras entidades estaduais a manterem carteiras de criptomoedas, algo que a legislação atual não contempla.

De acordo com Carlos, “O real digital será uma realidade e sustentará o mercado de criptomoedas. Isso permitirá que municípios, estados e poderes públicos tenham suas carteiras digitais, que ganharão escala e atrairão investidores”. “Isso nos permitirá rastrear o destino real do dinheiro”, explicou ele.

Na visão do político, a tecnologia blockchain em si mudará a transparência e a supervisão do poder público.

Potencial e Transparência da DREX

No início de julho, o Banco Central publicou o projeto piloto do real digital em seu perfil do GitHub. Isso permitiu ao público auditar o código do sistema, e os desenvolvedores descobriram a existência de uma série de funções problemáticas no contrato inteligente.

De acordo com o código, o Banco Central tem a capacidade de congelar contas de usuários, reduzir saldos-alvo, confiscar e criar novas unidades da moeda digital.

Conclusão

A DREX, como a nova moeda digital oficial do Brasil, promete revolucionar as operações financeiras no país. Dessa forma, baseado em elementos de digitalização e transação, e sua tecnologia de registro distribuído, a DREX tem o potencial de aumentar a inclusão financeira e otimizar as operações do Banco Central do Brasil. À medida que o projeto avança, diversas aplicações práticas estão sendo exploradas. Assim como o uso do real digital para benefícios sociais e descentralização do poder financeiro em níveis municipais e estaduais.

O futuro financeiro do Brasil está se moldando pela revolução digital, liderada pela DREX.