Com Inflação disparada na Argentina, o povo recorre às criptos
Os tristes números da inflação na Argentina foram divulgados na semana passada, com o Índice de Preços ao Consumidor interanual registrando níveis recordes de 78,5%.
O país agora encontra-se atrás apenas da Venezuela na América Latina em termos de alta inflação, com os preços subindo mais de 7% apenas no mês de agosto, obliterando o poder de compra dos argentinos.
Segundo pesquisa realizada pela Bitso, este aumento nos níveis inflacionários fez com que mais argentinos buscassem por soluções para proteger seu poder de compra, o que tem os levado para as criptomoedas.
Os preços de alimentos e bebidas do país subiram 7,1% em agosto, enquanto outros itens, como roupas e eletrodomésticos, tiveram uma alta ainda mais acentuada. A inflação acumulada atingiu 78,5%, a maior dos 20 anos.
Em meio a um clima de incerteza econômica e política, com o país tendo três ministros da economia em menos de três meses. O peso argentino tem sido uma das moedas fiduciárias que mais sofreu na América Latina, perdendo mais de 25% de seu valor em relação ao dólar (taxa oficial), e quase 50% se considerar as taxas de câmbio não oficiais.
O fraco desempenho da economia argentina tem obrigado seus cidadãos a explorar formas alternativas para manter seu poder de compra contra a inflação e a considerar o Bitcoin e stablecoins como investimentos alternativos à moeda local. E esta tendência deve se estender enquanto não for reestabelecida a confiança na economia local.
Segundo constatou a pesquisa constatou 83% da população conhecem criptomoedas, sendo que quase 34% possuem conhecimento específico sobre essas ferramentas. E um número notável de mais de 10% já possuíram ou possuem criptoativos como parte de seu portfólio de investimentos, enquanto quase 23% desejam tê-los no futuro.