Como as DeFi podem mudar a sua relação com o dinheiro?
As finanças descentralizadas ou, simplesmente, DeFi (sigla em inglês para Decentralized Finance) são aplicações financeiras descentralizadas. Para você entender melhor, são os serviços bancários e meios de pagamento realizados sem um intermediário que centraliza esses serviços, seja uma pessoa ou instituição financeira.
São conjuntos de protocolos para a realização de algum serviço específico através de uma rede Blockchain e, por isso, estão sendo bastante debatidas no mercado financeiro como um todo, especialmente no que diz respeito às CBDCs e o comércio de criptomoedas de forma geral.
Para você que é usuário, a tecnologia DeFi vai fazer com que você tenha mais autonomia para lidar com suas finanças, seja para investir quanto para contribuir com o sistema.
Nesse momento, os protocolos DeFi permitem aos usuários a pegarem emprestado ou emprestar dinheiro de forma massiva entre participantes desconhecidos e sem intermediários.
Nessas aplicações estão reunidos tanto credores quantos devedores que, internamente, definem as taxas de juros segundo a oferta e a procura. Esses protocolos são bastante inclusivos já que qualquer pessoa pode participar, de qualquer local e com qualquer montante.
Neste artigo, queremos explicar como o funcionamento das DeFi podem e vão impactar o mercado financeiro de forma abrangente. Confira abaixo!
Nesse artigo você vai ler:
1. Como funcionam as DeFi?
2. Como os bancos serão impactados?
3. Quais são as vantagens e desvantagens para o usuário?
4. Como é feita a gestão de DeFi?
Como funcionam as DeFi?
Para melhor exemplificar como funcionam as DeFi, imagine que você precisa enviar valores do Brasil para os Estados Unidos. Uma operação dessa natureza pode levar até três dias úteis para ser realizada. Quando esse tipo de operação é feita dentro dos moldes das finanças descentralizadas, tanto envio quanto compensação são imediatos, pois será realizada com criptomoedas.
Nesse caso, não há a necessidade de intermediários ou reguladores, já que a operação é garantida pela rede de blockchain. Além disso, as taxas relacionadas a estes serviços, não são como nos bancos tradicionais, e estão relacionadas às taxas de mineração.
Aqui, usamos o exemplo de envio de remessa, mas muitos outros serviços financeiros como seguros, hipotecas e investimentos podem ser englobados nesse contexto, desde que sejam feitos através do uso de criptomoedas ou stablecoins.
Como os bancos serão impactados?
O que se espera é que os bancos serão beneficiados pelos protocolos DeFi, mas ainda é difícil saber como serão.
A tecnologia DeFi ainda é “iniciante” no mercado financeiro e apresenta algumas instabilidades que ainda podem causar insegurança nos usuário. Entretanto, a tendência é que, com sua evolução, ultrapasse o desempenho dos sistemas tradicionais, atraindo mais clientes.

Quais são as vantagens e desvantagens para o usuário?
Como uma das principais vantagens, que afeta diretamente a relação do usuário com suas finanças é a ausência de um intermediário no processo que reduz os custos das operações, fazendo com as pessoas gastem menos e consigam melhor planejar seus gastos.
Por exemplo, empréstimos tomados através de DeFi tendem a ser mais baratos para quem pede e rendem mais para os credores (quem empresta).
Outra vantagem bastante atrativa é a transparência oferecida pelas finanças descentralizadas, já que o ecossistema só existe em um ambiente de informações compartilhadas entre os usuários.
Além disso, normalmente, os projetos, em sua grande maioria, são de código aberto (open source), o que permite espaço para a inovação constante. Os protocolos de investimento DeFi são bastante democráticos e pessoas com pouco capital podem participar. Dessa forma, mais pessoas “comuns” sentem-se impelidas a entrar no mundo dos investimentos, oferecendo liberdade e possibilidade de lucros.
Mesmo com as potencialidades, é importante trazer alguns pontos de alerta, não para assustar, mas para que você faça análises aprofundadas a partir de seus objetivos, transformando-o em uma pessoa consciente quanto ao seu dinheiro e sobre como investi-lo.
Além do risco de cair em esquemas fraudulentos e da inexistência de suporte de atendimento em caso de dúvidas ou dificuldades, a falta de regulamentação no setor é um dos perigos das DeFi.

Como é feita a gestão de DeFi?
Mesmo com a ausência de um órgão central (ou centralizador) da regulamentação dos protocolos DeFi, ainda é necessária uma forma de gestão dessa atividade financeira.
No contexto DeFi, é a governança que define as regras que determinam o comportamento de quem está inserido na rede. Foi observado, ao longo do período de consolidação do ecossistema que, para alcançar os objetivos, a gestão dos protocolos DeFi não precisa ser realizada por uma autoridade central (ou centralizadora).
Na realidade, o interesse é que dentro dos protocolos DeFi existam cada vez mais interessados em participar dessa governança. Para isso, são usados tokens de governança que, de posse dos usuários, tornam-se votos, representando a participação na gestão das plataformas DeFi.
Mais uma vez, falando sobre democratização, os usuários não precisam deter grandes quantidades desses tokens, o que mostra que você pode fazer parte das decisões sobre um determinado projeto.
Certas organizações permitem a distribuição dessa gestão entre os usuários. São as DAOs (Decentralized Autonomous Organization) ou organizações autônomas descentralizadas que têm a função de supervisionar a aplicação de recursos dos projetos.
Notou que no sistema DeFi, você, que até então, poderia ser um investidor, passa a ser protagonista de um sistema financeiro completamente novo e revolucionário? É assim que as DeFi mudam a sua relação com o dinheiro, pois elas expandem sua atuação, te colocam em locais de decisão e expandem seu entendimento sobre os investimentos, além do que é apresentado no mercado tradicional. Você deixa de ser um coadjuvante e passa a protagonista.
Você já tinha pensado sobre isso? Quer ser coadjuvante ou protagonista da sua vida financeira?
Vamos te deixar com essa “pulguinha atrás” da orelha. ;)
Até a próxima.
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