Crise bancária se expande para Europa
Dois dias atrás, diversas fontes de notícias documentaram que o Credit Suisse estava sob imenso estresse depois da falência de múltiplos bancos norte-americanos.
Para tentar conter a crise bancária e evitar que os problemas financeiros do Credit Suisse se alastre para dezenas de outros negócios e cause um maior impacto no país, o Banco Nacional Suíço concordou em intervir com dezenas de bilhões de dólares em liquidez.
Ainda na semana passada foi anunciado que o First Republic Bank receberia US$ 30 bilhões em depósitos de 11 outros bancos.
Em momentos de crise é muito importate observar como os bancos centrais vão agir. Antes da quebra de diversos bancos, o Federal Reserve (banco central norte-americano) estava se esforçando para restringir estímulos econômicos e combater a inflação, subindo os juros. A subida dos juros reduzia diretamente o valor dos ativos de renda variável, como ações ou criptomoedas.
Depois da quebra dos bancos foi confirmado que o Federal Reserve aumentou seu balanço na semana passada em quase US$ 300 bilhões, isto é voltou a estimular a economia.

Esse aumento no balanço ocorre após um ano de restrições de estímulos, que contraiu os ativos do Federal Reserve, mas agora sinalizam ter atingido o ponto de mudança na estratégia.
Um dos maiores problemas com essa mudança na estratégia é que o banco central não chegou a conseguir controlar o problema da alta inflação americana. De fato, o Fed aumentou as taxas de juros em 4,5% e eliminou cerca de US$ 1 trilhão de seu balanço, mas nunca conseguiu uma inflação abaixo de 6%.
O órgão está aumentando seu balanço patrimonial porque não tem escolha, é necessário emprestar dinheiro aos bancos. Sem essa nova injeção de liquidez, muitos dos bancos parecem estar insolventes devido às perdas, ainda não realizadas, em dívidas de longo prazo e baixo rendimento.
Não é está claro neste momento até que ponto a inflação alta pode chegar. Os Estados Unidos são responsáveis pela moeda de reserva global e possuem a responsabilidade de estabilizar o valor de sua moeda. Caso contrário, é de se esperar que as pessoas busquem alternativas.
Não há dúvidas que muitos gestores financeiros tradicionais apontarão para o ouro ou moedas estrangeiras como uma solução potencial. No entando, um número cada vez maior de pessoas ao redor do globo está convencido que o bitcoin será o grande vencedor.
67.8% of all #bitcoin have not moved from their wallets in over a year. More users are hodling long-term. pic.twitter.com/ZTQNr3DbpV
— Documenting ₿itcoin 📄 (@DocumentingBTC) March 19, 2023
A moeda digital descentralizada foi construída como uma resposta à última crise financeira e pode se consolidar como o melhor ativo para reserva de valor através da adoção global por meio da crise atual.