Inflação dispara na zona do Euro e atinge máxima histórica
O Bitcoin é considerado por muitos o melhor ativo para proteger a população dos efeitos nocivos da inflação. Normalmente aderido por países subdesenvolvidos, a moeda agora parece estar em uma posição privilegiada para ser adotada também pela população européia.
A taxa de inflação da zona do euro atingiu em agosto 9,1%, o maior já registrado na história, de acordo com o Eurostat.
As estatísticas mostram que os aumentos dos preços de energia foram responsáveis pela maior alta da inflação, chegando a 38,3% enquanto itens como alimentos saltaram 10,6%. Além disso, os bens industriais não energéticos aumentaram 5% em relação ao valor desses bens medido no ano passado.
É difícil ver uma previsão de melhora no curto prazo, especialmente nos custos relacionados a energia já que alguns países dependiam de recursos energéticos russos que agora não podem mais acessar por conta das sanções econômicas devido à guerra na Ucrânia.
A Federação Russa já cortou os fluxos de gás em 40% em junho e reduziu os fluxos em mais 20% em julho.
E agora o gasoduto Nord Stream 1 está em “manutenção” por tempo indeterminado para consertar um vazamento que foi encontrado. Esta manutenção tem preocupado os europeus com a possibilidade de os líderes russos estenderem o fechamento do par de gasodutos que conectam o fornecimento de gás russo à Alemanha.
Além disso, a gigante russa Gazprom disse ao público na terça-feira que interromperia o fornecimento de gás ao grupo francês de energia industrial Engie por falta de pagamento devido às sanções.
Neste cenário, muitos analistas já esperam que a Europa pode precisar de um resgate de energia de outras nações, enquanto outros acreditam que os líderes europeus não têm escolha a não ser resgatar os consumidores de energia nos países membros. Até que isso seja resolvido, os preços de energia continuaram subindo e afetando a indústria europeia.
Algumas pessoas acreditam que o Banco Central Europeu (BCE) precisa subir os júros, como fez o Fed, e isso provavelmente reduziria o crescimento da inflação, mas não sem aumentar o risco de recessão e desindustrialização da zona.