Veja abaixo como o mundo está se comportando em relação às movimentações com critpoativos

Mapa global da legalização de cripto

CapExplain Mar 24, 2022

O uso de cripto ativos é mais do que um bom investimento financeiro, é também uma opção segura para transações monetárias, especialmente em países em que a economia não é estável.

O número de usuários de criptomoedas atingiu a impressionante marca de 221 milhões em junho de 2021, levando apenas quatro meses para dobrar a população global de criptomoedas de 100 milhões para 200 milhões.

É notável que o movimento de legalização de Bitcoins está avançando de forma global e, na evolução dessa cadeia, no último semestre, El Salvador decidiu adotar, experimentalmente, o Bitcoin como moeda oficial, sendo o primeiro país do mundo nesse movimento.

Estados como Emirados Árabes e Tonga estão seguindo o mesmo exemplo de El Salvador e caminhando para aderirem de forma mais consistente o uso oficial de criptomoedas.

Essas informações chamam a atenção para dados mais aprofundados para entender essa mudança. Entre os dados de interesse estão: países que mais investem em cripto, situação financeira dessas regiões e outros.

Essas e outras informações constam no relatório da Chanalysis, empresa global de análise de dados, software e pesquisas relacionadas a blockchain.

Para te ajudar a entender toda essa movimentação mundial, criamos esse artigo listando os países que estão legalizando as criptomoedas, índices de investimento que estão “forçando” a adoção de cripto como moeda oficial e o panorama mundial de investimentos em criptoativos.

Nesse artigo você vai ver:

  1. O que está impulsionando o aumento da adoção das criptomoedas?
  2. Razões para o aumento da adoção de cripto de forma globalizada
  3. Instabilidade econômica é um dos fatores que favorecem o uso de criptoativos
  4. Atuação do Bitcoin e da Ethereum nesses cenários
  5. Países que legalizaram o uso de criptoativos
  6. Países que mais usam Bitcoin
  7. O que pode impulsionar a próxima onda de adoção de criptoativos no mundo?

O que está impulsionando o aumento de adoção das criptomoedas?

O “Global Crypto Adoption Index”, estudo que baseia esse artigo, analisou os 154 países do globo nesse contexto já apresentado acima.

O que pode ser percebido de forma bastante consistente é que, de acordo com o relatório da Chanalysis, países emergentes e subdesenvolvidos têm apresentado maior adesão às criptomoedas em comparação às nações mais ricas do mundo em 2021.

De acordo com estudo, Vietnã, Índia, Paquistão, Ucrânia, Quênia, Nigéria e Venezuela são os países que mais utilizam as moedas digitais, liderando o ranking mundial.

No que diz respeito à oficialização do uso de criptomoedas, seguindo os passos de El Salvador, aparecem Cuba (com moedas legalizadas); Panamá e Uruguai (com propostas semelhantes ao dois anteriores); Bahamas, que lançou moeda digital própria este ano, o Sand Dollar; e a Venezuela que tem o Petro, mas em ambos os casos há regulamentação dos respectivos bancos centrais.

El Salvador é a pioneira em adoção de criptoativos como moedas oficiais. Cuba, Bahamas, Panamá, Venezuela e Uruguai estão segundo o mesmo caminho

No segundo semestre de 2020, foi percebida uma aceleração na adesão de países que legalizaram as operações com criptomoedas resultado de eventos como: o aumento repentino do DeFi em agosto; PayPal introduzindo compras de criptomoedas para usuários dos EUA em novembro; e adoção institucional em dezembro (ou seja, Greyscale, MicroStrategy).

Em 2021 esse movimento foi ainda mais acelerado quando instituições de peso, como Tesla e Mastercard, tomaram medidas para adoção de Bitcoins. Em março, a Visa colaborou com a Crypto.com para liquidar pagamentos em criptomoedas.

Razões para o aumento da adoção de cripto de forma globalizada

A pesquisa indica que as razões para um aumento na adoção de cripto têm nuances diferenciadas ao redor do mundo.

Mercados emergentes, por exemplo, estão recorrendo às criptomoedas para preservar suas economias locais diante da desvalorização das moedas tradicionais, além da necessidade do mercado de envio e recebimento de remessas, e realização de transações comerciais.

Países de mercados emergentes como o Quênia, Nigéria, Vietnã e Venezuela, por exemplo, apresentaram classificação alta no índice que mede a adoção de cripto devido aos grandes volumes de transações em plataformas peer-to-peer (P2P) quando comparado a PPP per capita, além do aumento de uso da internet pela população.

Isso significa que a população tem mais acesso a esse tipo de informação através de meios de comunicação digitais, que está se educando sobre o mercado financeiro e investindo mais.

Na América do Norte, Oeste Europeu e Ásia Oriental, por outro lado, a adoção no último ano foi impulsionada em grande parte por investimento institucional.

Segundo a pesquisa, Ásia Central e do Sul, Oceania, América Latina e África têm enviado mais tráfego na web para plataformas P2P do que regiões cujos países tendem a ter economias maiores, como Europa Ocidental e Ásia Oriental.

Isso ajuda a explicar o argumento que apresentamos logo acima.

Instabilidade econômica é um dos fatores que favorecem o uso de criptoativos

Muitos mercados emergentes enfrentam desvalorização significativa das moedas tradicionais oficiais, levando os residentes a comprar criptomoedas em plataformas P2P para preservar suas próprias economias.

Nessas regiões, as criptomoedas são usadas para realizar transações internacionais, seja para indivíduos, remessas ou para casos de uso comercial, como compra de mercadorias para importação e venda.

Muitos dos mercados emergentes que figuram no relatório limitam o valor da moeda nacional que pode sair do país, nesse sentido, as negociações com criptomoedas dá a esses residentes uma alternativa para contornar esses limites e atender às suas necessidades financeiras dessas regiões.

Esse momento econômico dentro desses mercados em ascensão pode ser entendido como uma forma de garantir liberdade financeira e uma nova forma de gestão individual das próprias finanças, independentemente de como os Estados administram as economias locais, atraindo cada vez mais investidores em criptoativos.

Se olharmos o macro, entendemos o micro: cada vez mais pessoas estão se educando e investindo em cripto, o mercado financeiro de cada país percebe esse movimento, e essas instituições são “forçadas” a aderirem a esse fluxo de consumo que acaba por modificar a estrutura de um país como um todo, impactando diretamente nas relações financeiras e mercadológicas no âmbito global.

Esse cenário tem um outro dado estratégico que deve ser levado em conta nessa equação: o estabelecimento de uma dinâmica em que as plataformas P2P têm maior participação do volume total de transações feitas através de pagamentos menores de varejo abaixo de US$ 10.000 em criptomoedas.

Essa movimentação faz sentido considerando os pagamentos de remessas, transações pessoais e comerciais realizadas por empresários em mercados emergentes que tendem a ser menores do que as transações realizadas por comerciantes profissionais ou investidores institucionais.

Atuação do Bitcoin e da Ethereum nesses cenários

Ao passo que os países estão abrangendo a legalização das transações com Bitcoin, o relatório da Chainalysis mostra que uma outra moeda também está ganhando o mercado: a Ethereum.

Tem sido observado um movimento interessante entre os usuários das duas criptomoedas: o Bitcoin teve maior crescimento de janeiro a abril de 2021, quando instituições como o PayPal, Microstrategy, Visa e Mastercard anunciaram planos para oferecer suporte a criptomoedas.

Já no segundo semestre, o Ethereum apresentou crescimento significativo em maio e junho, pois os investidores institucionais continuaram a favorecer o token.

Em paralelo, as Altcoins tiveram um melhor desempenho após as críticas de Elon Musk sobre a mineração de Bitcoin e seu impacto ambiental.


Países que legalizaram o uso de criptoativos:

  • Ilhas Aland
  • Antígua e Barbuda
  • Austrália
  • Áustria
  • Azerbaijão
  • Belarus
  • Bélgica
  • Brasil
  • Brunei Darussalam
  • Bulgária
  • Canadá
  • Chile
  • Congo
  • Costa Rica
  • Croácia
  • Cuba
  • Chipre
  • República Checa
  • Dinamarca
  • República Dominicana
  • Estônia
  • Finlândia
  • França
  • Geórgia
  • Alemanha
  • Gibraltar
  • Grécia
  • Hong Kong
  • Hungria
  • Islândia
  • Irã
  • Iraque
  • Irlanda
  • Ilha de Man
  • Israel
  • Itália
  • Japão
  • Jersey
  • Kuwait
  • Letônia
  • Líbano
  • Liberland
  • Jamahiriya Árabe Líbia
  • Liechtenstein
  • Lituânia
  • Luxemburgo
  • Malta
  • México
  • Mônaco
  • Mongólia
  • Países Baixos
  • Nova Zelândia
  • Nicarágua
  • Ilhas Marianas do Norte
  • Noruega
  • Filipinas
  • Polônia
  • Portugal
  • Porto Rico
  • Reunião
  • Romania
  • Federação Russa
  • San Marino
  • Sérvia
  • Cingapura
  • Eslováquia
  • Eslovênia
  • África do Sul
  • Coreia do Sul
  • Espanha
  • Svalbard e Jan Mayen
  • Suécia
  • Suíça
  • Taiwan
  • Tailândia
  • Peru
  • Ucrânia
  • Reino Unido
  • Estados Unidos da America
  • Uzbequistão
  • Saara Ocidental
  • Zimbábue

Países que mais usam Bitcoin

De acordo com o relatório da Chainalysis, os países emergentes e subdesenvolvidos apresentaram maior adesão às criptomoedas em comparação às nações mais ricas do mundo ao longo em 2021.

Destaque para Nigéria, Índia, Vietnã, Paquistão, Ucrânia e Venezuela.

Segundo especialistas, o motivo está relacionado à fragilidade das economias dessas nações, o que torna os ativos digitais mais atrativos para preservar as finanças pessoais.

Segundo o relatório, no fim do segundo trimestre de 2021, a adesão às criptomoedas cresceu mais de 881% em relação ao ano anterior. As razões para o crescimento se diferenciam de acordo com o nível de riqueza do país.

As economias emergentes também estão se posicionando pela utilização de criptomoedas de forma bastante consistente

O que pode impulsionar a próxima onda de adoção de criptoativos no mundo?

A pesquisa mostra que o crescente volume de transações para serviços centralizados e o crescimento significativo do DeFi estão colaborando para aumentar a utilização de criptomoedas em todo o mundo e muitos países estão adotando esse sistema de forma substancial, enquanto as plataformas P2P estão gerando novos adoção em mercados emergentes.

É incontestável que a adoção de criptomoedas disparou, colocando os ativos digitais como um fenômeno globalizado e não mais restrito a países economicamente mais desenvolvidos.


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O Conteúdo deste Blog está disponível para fins meramente informativos e educacionais. Os artigos postados não constituem e não devem ser encarados, em nenhuma hipótese, como qualquer aconselhamento ou recomendação de investimento, tampouco como garantia de resultados ou rentabilidades em investimentos de qualquer natureza.

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Joanna Medeiros

Jornalista, produtora de conteúdo digital, MBA em Marketing e Comunicação. Acompanhando o mercado financeiro mudar através dos "olhos" da Capitual.